Quando planejamos a nossa viagem do último Carnaval, nosso diálogo com muitas pessoas foi assim:
“- República Dominicana? O que vocês vão fazer lá?
– “É onde fica Punta Cana…”
– “Ahhh, vocês vão para Punta Cana!!!”
– “hummm, não…vamos conhecer outro pedacinho.”
Momento pausa e cara de “vocês são meio loucos, não?”
Pois é. Carnaval, 5 dias e milhas. Não queríamos viajar pelo Brasil durante o Carnaval pois é bem caro e cheio. Vasculha daqui, vasculha de lá e pronto: vamos para Santo Domingo conhecer o Caribe. Só tínhamos 5 dias: fomos em um vôo noturno de sexta para sábado chegando as 09 hrs da manhã e voltamos na quarta as 20 hrs, chegando as 05 da manhã no Rio.
Momento 2: o que conhecer no país? Os brasileiros invadiram Punta Cana, lotam seus resorts e amam passar suas férias de perna para o ar nas praias caribenhas. Respeitando quem gosta, nós não queríamos ficar em resort largateando ao sol. E queríamos conhecer algo menos turístico. E mais um momento pesquisa dali, pesquisa de lá. Pronto, roteiro decidido: vamos para Santo Domingo e Samaná.
Oi? Samaná? Pois é, acho que poucos brasileiros já ouviram falar desse pedaço do Caribe. Mas isso não é o mesmo para os europeus. Italianos, franceses e espanhóis que são a grande maioria do pedaço. Vôos diretos da Europa para Samaná já existem há um tempo.
Mas vamos ao beabá da viagem!
República Dominicana
Uma ilha e dois países. Assim é a Ilha Hispaniola que é dividida pela República Dominicana e pelo Haiti.
Foi exatamente em sua capital, Santo Domingo, que Cristovão Colombo pisou pela primeira vez na América, em 1492. E esta foi a primeira capital do Novo Império.
Antes dos europeus, a ilha era habitada, dede 500 a.C., pelo índios tainos. E, assim como em todo continente americano, estes foram extintos com a chegada dos colonizadores. O primeiro hospital, a primeira igreja, o primeiro engenho, o primeiro forte do Novo Império foram construídos em Santo Domingo.
Em 1697, foi assinado um acordo que divide a ilha entre a França (Saint Domingue) e a Espanha (Santo Domingo). Os franceses desenvolvem uma forte colônia com base no açúcar. Os espanhóis esquecem sua região que vai declinando. E o tal lado francês nada mais é do que o atual Haiti que, em 1804, faz a primeira independência americana liderada pelos escravos. E em 1822, os haitianos invadem o lado espanhol.
Passados um pouco mais de 20 anos, em 1844, a República Dominicana finalmente conquista sua independência. Mais recentemente, entre 1930 e 1961, o país sofreu uma ditadura terrível, com mortes, censuras e muita opressão, comandada por Trujillo.
Os problemas do país são, em muito, parecidos com os outros países latino americanos: violência, corrupção, desigualdade social, pobreza, anafalbetismo etc.
O país é o segundo maior do Caribe (só atrás de Cuba) e é dividido em algumas áreas:

Fonte: http://www.dr1.com
Marquei no mapa três lugares: Punta Cana que fica no canto sudeste do país, Santo Domingo a capital que fica ao sul e Samaná ali no cantinho nordeste do país.
Nosso Roteiro:
Depois de ler vários blogs estrangeiros, o guia Lonely Planet de Ilhas do Caribe e o site de turismo do país muito bom, nosso roteiro foi o seguinte:
Sábado (01/03/2014): Chegada a Santo Domingo as 09 hrs – Conhecer a cidade
Domingo (02/03/2014): Santo Domingo – Samaná – Las Galeras
Segunda-feira (03/03/2014): Las Galeras
Terça-Feira (04/03/2014): Las Galeras
Quarta-Feira (05/03/2014): Las Galeras – Samaná – Santo Domingo
Transporte:
Esse foi um ponto bem difícil para decidirmos. Chegando em Santo Domingo, para ir até Samaná existem quatro opções:
1- Avião: em Samaná existe um aeroporto. Opção mais cara e descartamos.
2- Transfer: busquei muito e todos os transfers para a região eram absurdamente caro. Estou falando de tarifas de U$ 200 ida e volta por pessoa.
3- Ônibus: a empresa Caribe Tours oferece alguns ônibus diários. Nosso problema aqui foi que não ficamos na capital de Samaná e para chegar em Las Galeras, onde ficamos (explicarei melhor em outro post), precisaríamos ir em um guagua. Íamos gastar muito tempo nos locomovendo e tínhamos muito poucos dias no país. Além disso, para se locomover em Las Galeras seria interessante ter um carro para fazer por conta própria os passeios (os tours são caros!).
4- Carro: essa foi a nossa opção. Ficamos muito receosos até quase a véspera. Líamos que o trânsito em Santo Domingo era um dos piores do mundo, que a cidade era super insegura. E o pior, não havia mapa do país para baixar no nosso GPS, assim como a locadora de carro também não tinha um GPS disponível. Mas, depois da viagem, só posso dizer que foi muito mais tranquilo do que imaginamos, a estrada era muito boa e não tivemos problema algum.
Alugamos através do site Auto Europe um carro desde o aeroporto de Santo Domingo, devolvendo ali também. O aluguel custou 150 euros pelo período com franquia total incluída. Somente a carteira de habilitação nacional foi necessária.
Sem GPS, imprimimos vários mapas no Google Maps e levamos. Foi bem tranquilo se locomover assim, mesmo em Santo Domingo.
O trânsito de Santo Domingo realmente é caótico, muitos carros caindo aos pedaços, motos com 3 ou 4 pessoas, contramão, trânsito. Mas, sinceramente, quem dirige no centro do Rio de Janeiro, dirige ali. A estrada que liga Santo Domingo e Samaná é nova. Antes se levava umas 5 horas para chegar em uma estrada cheia de buracos. Hoje, em 2,5 horas chegamos em uma estrada maravilhosa. Muitos poucos carros, mas muitas motos andando pelo acostamento. O pedágio era um pouco alto.
E nos próximos posts vou detalhar nossa viagem de Carnaval inesquecível.
A Republica Dominicana é realmente maravilhosa.
Mas o Guarujá, com suas praias também é um lugar que merece uma visita.
Esperamos você aqui no Hotel Pousada Iracemar http://iracemarhotelguaruja.com.br/ para conhecer nossa cidade.
Parabéns pelo blog.
Um abraço.