Bogotá me surpreendeu! Para começar quanta história e quantos museus incríveis esse país tem. Combinamos com o motorista indicado pelo hotel para nos levar ao bairro La Candelaria, o centro histórico, e mandamos um whatsapp na hora que quisemos voltar. Vimos muitos policias nesta área e nos sentimos bastante segura andando por ali.
Começamos numa praça conhecida como Parque de Santander.
De um dos lados da praça fica primeiro a Iglesia de la Veracruz, uma das primeiras igrejas da cidade, criada em 1546. Por um tempo, entre 1904 e 19010, funcionou como Panteão Nacional. Ali estão os restos de diversos mártires fuzilados durante a reconquista espanhola. Ao lado fica a Iglesia de San Francisco, criada vinte anos depois da fundação da cidade. Por dentro ela é realmente muito linda!
Bem em frente, do outro lado da praça fica o imperdível Museu del Oro. Uma das atrações imperdíveis de Bogotá, esse museu é um encanto. Nós tínhamos agendado um tour guiado, mas logo no início abandonamos, porque o espanhol rápido e os detalhes exagerados estavam sendo bem difíceis de captar para nós duas.
O ouro sempre marcou a história da Colômbia, desde os povos pré-colombianos. Diversos artefatos foram feitos por esses povos. Alguns remetiam a temas de fertilidade, à enfeites e adornos ou à tumbas funerárias. A lenda do El Dorado conta que a lagoa de Guatavita, que fica perto de Bogotá, era usada pelo povo para oferendas. O chefe da tribo, todo adornado com ouro, ia para o meio da lagoa e jogava na água diversos objetos feito de ouro, em homenagem a deusa da água. Os espanhóis, quando chegaram, roubaram muito e muito dos artefatos e extraíram muito do ouro colombiano, levando para a Europa.
Resolvemos almoçar no restaurante que fica no Museu del Oro. Gostamos muito. Comida boa e preço justo.
Depois de um bom tempo no Museu del Oro, fomos andando em direção a Plaza Bolivar. No caminho passamos por um restaurante/lanchonete bem famoso pelos doces: La Puerta Falsa. Mas estávamos sem fome alguma. Então resolvi provar a famosa sobremesa que vende em todas as barraquinhas: oblea. São do biscoitos tipo waffer, grandes, recheados na hora pelo que você quiser. Tem doce de leite, chocolate, geléias, coco. Amei esse doce!
Chegando na praça, bem na esquina, passamos pela Casa del Florero – Museo de la Independecia. Observamos mais o estilo da casa, que é da época dos colonizadores espanhóis. Não entramos no museu que apresenta a história e documentos ligados a independência do país.
Chegamos à praça mais importante desta região: a Plaza Bolívar. A antiga Plaza Mayor, onde foi dado o grito de liberdade e onde hoje fica a Estátua de Simón Bolívar. O redor desta praça é cheio de atrações.
Começamos pela Catedral, construída no local onde existiu a primeira igreja da cidade, em 1539. Ao lado fica a Capilla del Sagrario, que também é um templo católico, mas é independente da Catedral. A terceira construção desse lado da rua é o Palacio Arzobispal onde funciona a arquidiocese de Bogotá.
Passando para o outro lado, vimos o imponente Capitolio Nacional, ao sul da praça, onde está o Congresso Nacional que foi construído entre 1846 e 1926.
Seguindo na praça, do lado oposto da Catedral, fica a Alcadia Mayor ou Palacio Liévano, onde funciona a prefeitura da cidade.
Por último, seguindo para o próximo lado vemos o Palacio de Justicia. Este palácio foi destruído durante o Bogotazo, época marcada por muitos protestos e violências que ocorreu entre 1948 e 1958 em Bogotá.
Seguimos pela rua da Catedral, passando na outra esquina pela Plazuela Camilo Torres e o prédio do antigo Colegio San Bartolomé ao lado.
Chegamos assim ao Palacio del Nariño, que é a sede do governo da Colômbia e residência oficial do presidente. O nome homenageia Antonio Nariño, percursor da independência do país e que morava naquela local. Chegamos no momento em que ocorria um desfile do exército. Foi bem legal ficarmos ali assistindo. Não podemos entrar no palácio, mas observar os jardins já vale a andança.
Do outro lado do palácio, entramos na Iglesia de San Augustín. Vale conhecer o interior!
Voltamos pela rua paralela, passando pelo Museu Nacional que fica na antiga Casa del Marques de San Jorge. Não chegamos a entrar no museu, mas vale tomar um café no interior da agradável construção.
Fomos andando em direção ao Museo Botero. Pelo caminho, muitas casas coloniais coloridas e belas. Vale muito uma caminhada se perdendo por aquelas ruas.
Chegamos ao Museo Botero. Este artista colombiano, Fernando Botero, é mundialmente conhecido por suas mulheres gordinhas. O desenho bem típico do pintor torna o museu bem leve e é fácil percorrê-lo totalmente. A entrada é gratuita pois foi uma exigência do próprio artista, que doou as obras para o museu. A pintura mais famosa é a versão de Botero da Monalisa. Além de pinturas, há alguma esculturas. O museu tem uma jardim interno agradável para uma pausa.
Ali perto visitei a Iglesia de La Candelaria, que vale pelo interior pomposo.
Continuando a caminhada, mais alguns edifícios me chamaram a atenção, até chegar a belíssima Iglesia de Nuestra Señora del Carmen. Para mim, foi a mais bonita de todas. As cores diferentes e o interior bem único foram o diferencial.
Terminamos nossa caminhada por aqui pois o cansaço já batia e a andança tinha sido bem grande! Ficamos em torno de umas 8 horas nesse percurso, fazendo tudo com muita calma.